16.2.13

Quando decidi virar escritor

Como em toda área, há todo um processo que leva à formação e ao conhecimento de si mesmo e da profissão, mas o dia da decisão, este fica marcado.



No dia 3 de dezembro de 2007, recebi a notícia de que meu conto Dedicatória havia sido selecionado para compor a antologia do 17º Concurso de Contos Luiz Vilela, que foi um dos mais tradicionais, renomados e disputados certames do gênero no país.

Admito que, quando me inscrevi, e até mesmo quando recebi a notícia por um telefonema da Fundação Cultural de Ituiutaba, eu não tinha a dimensão do que significava aquela conquista. A ficha começou a cair quando a Gisele Pacola, escritora de Curitiba, me ligou aos berros, falando que eu estava na lista de selecionados de um grande concurso (ela usou outros termos, mas, vá lá, o sentido era esse!) ao lado da Luci Collin, que é uma referência da literatura de Curitiba - cidade onde nasci e na qual morei de 2002 a 2008.

Na época, o jornal Gazeta do Povo até deu destaque para a seleção de quatro curitibanos entre os dez selecionados. Na edição de 5 de dezembro, consta a nota ao lado.

Quando descobri que havia, então, um veio de qualidade nos meus textos, decidi que eu devia me dedicar mais à escrita, que eu queria me tornar um escritor. E foi nessa época, em meio a frequentes exercícios literários, que escrevi meu primeiro livro, o Colcha de Retalhos, que no ano seguinte foi finalista do Prêmio SESC de Literatura; em 2010 foi vencedor do Prêmio Utopia; e, quatro anos depois daquela premiação, daquela decisão, no dia 4 de dezembro de 2011, foi lançado no Rio de Janeiro.


Ecos da conquista

Muitos anos depois, ainda repercutia aquela premiação: no ano passado fui informado pelo professor Rauer Ribeiro Rodrigues, da UFMS, que o conto Dedicatória, descoberto através daquele concurso, é utilizado como exemplo na matéria Poética do Conto, ministrada para os alunos do mestrado em Letras.

Por conta da premiação, ainda vim a conhecer os escritores Whisner Fraga, Homero Gomes, Geverson Bispo Rodrigues e Alexandre Nobre - além da Luci Collin - que hoje são caros e respeitados amigos.





ps: este momento é distinto do momento em que decidi começar a escrever mais, ainda sem qualquer pretensão, por conta da descoberta dos textos do grande escritor uruguaio Eduardo Galeano (esse fica para outra postagem!).

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