31.5.12

Entrevista e sorteio de livros - Rádio UEL FM - Londrina

Na edição de 29 de maio do programa Modos de Vida, foi veiculado um trecho da conversa que tive com a jornalista Juliana Mastelini Moysés. Além disso, ao final do programa foi realizado um sorteio de quatro exemplares do livro Colcha de Retalhos.

Para ouvir o programa na íntegra, acesse:

26.5.12

Resenha - Colcha de Retalhos - Isabel Furini

Colcha de Retalhos
por Isabel Furini

Ao receber Colcha de Retalhos, o livro de Rodrigo Domit, minha primeira impressão foi de desagrado. Havia visto a capa em alguns blogues e imaginei que o tamanho do livro fosse maior. Não sou muito chegada a livros de bolso por causa da miopia, gosto de livros grandes com letras grandes. Mas essa primeira impressão se desfez rapidamente. O livro revela um jovem escritor com um trabalho bem amadurecido, como escreve na contracapa o editor e jornalista Daniel Russel Ribas: “Narrativas que lembram em um instante do que é feita a boa literatura”.

A obra é de minicontos - talvez foi por isso que o autor escolheu tamanho pequeno para o livro (10 x 15cm). Mas à medida que vamos lendo, percebemos que de pequeno só tem mesmo o tamanho. Esse livro é um gigante em ideias. Em poucas palavras, Domit consegue costurar retalhos diferentes: filosofar sobre o mundo, criticar os erros da civilização contemporânea, ironizar os pequenos atos, lembrar um beijo que não sabe se foi dado por consolo ou por vingança.

O conto Criminoso, por exemplo, vale por várias cátedras de análise da sociedade. Na continuação o miniconto Embriagado: “Todas as coisas e ideias tendiam para a esquerda. Depois, inclinaram-se um bom tanto para a direita. Então, rolaram para o centro e por ali ficaram, no equilíbrio frágil de uma mesa de boteco. O álcool e a política têm efeitos semelhantes”.

Nascido em Curitiba, em 1984, Rodrigo escreve contos e poesias desde 2003 e já conquistou vários prêmios. Colcha de Retalhos conquistou o 1º lugar no concurso lançado pela editora Utopia. Um livro que vale a pena ler e reler - e Rodrigo Domit é um nome que é bom lembrar, porque ele promete agitar o mundo literário. Contato com o autor: rodrigodomit@gmail.com.


* Isabel Furini é escritora e poeta premiada, autora de “Os Corvos de Van Gogh”, orienta oficinas literárias no Solar do Rosário.


Fonte:

24.5.12

Poética do conto, de Poe a Domit

Acalmem-se, não se trata de um surto de prepotência ou tentativa disparatada - e desesperada - de ombrear-me com os gigantes da literatura mundial. Trata-se apenas do modo extremamente gentil que o professor Rauer Rodrigues, que dá aulas na UFMS desde 2006, usou para me informar que utiliza o conto "Dedicatória" em suas aulas para o mestrado.

Segue abaixo o comentário, nas palavras dele:
Considero o seu "Dedicatória" um dos melhores contos de toda a história do Concurso de Contos Luiz Vilela. Utilizo-o nas aulas de Poética do Conto que ministro no Mestrado, o que de certo modo faz o curso ser de Poe a Domit.

O conto em questão abre o livro Colcha de Retalhos e está presente na coletânea do XVII Concurso de Contos Luiz Vilela. Foi através deste concurso que o professor Rauer descobriu o texto: ele é conterrâneo do escritor e acompanha o Concurso desde as primeiras edições. Atualmente, coordena o Grupo de Pesquisa Luiz Vilela (gpluizvilela.blogspot.com).

Agradeço ao professor Rauer pela gentileza e compartilho com vocês um motivo de extrema alegria: tenho um texto sendo estudado por aí, por alunos do mestrado em Letras na UFMS, como um representante contemporâneo, ainda que longe de ser qualquer referência, de um gênero que foi dominado por alguns nomes que marcaram a história da literatura.


Para quem ainda não conhece, segue o texto:


Dedicatória



Alegrou-se com a notícia de que o livro seria dedicado a ela. Caminhou até a livraria com passos e um sorriso dignos de uma musa imortal, inesquecível.


Ao abrir na primeira página, leu: "Em memória de..."


O livreiro recolheu o corpo.

Resenha - Colcha de Retalhos - Karen Debértolis

O homem do corte e costura

O escritor Rodrigo Domit é um homem que delicadamente costura palavras em uma colcha de retalhos de papel. A cada alinhavo ele vai fazendo seu patchwork literário com pedaços do nosso dia a dia e transforma as realidades em incontáveis momentos de espanto. Espantamo-nos com o nosso próprio cotidiano que ele descreve com palavras, linhas, pedaços de chita, amores, violência, humor, medo, desilusão, tantas outras inconstâncias da vida.

Em seus microcontos, Domit expressa o universo denso da sociedade contemporânea. Com palavras dosadas, ele constrói textos milimetricamente estruturados. Ao longo de seu livro pode-se deparar com uma variedade de estruturas textuais e de linguagens que nos fazem refletir abismados sobre os mais variados temas.

Como no belíssimo Desesperança em que o homem apaixonado escreve uma carta de despedida que nunca chega a entregar para a amada. Ou em Mulheres em que sutilmente a violência permeia pesada o texto. E ainda na ironia de Entre Amigas em que as palavras destilam o veneno da falsidade. Colcha de Retalhos nos deixa assim, entre o riso e a contenção da seriedade.


* Karen Debértolis é escritora e jornalista, reside em Londrina - PR

15.5.12

Salão Internacional do Livro de Foz do Iguaçu

Fui a Foz do Iguaçu para o Salão Internacional do Livro, evento que abrigou a cerimônia do Prêmio Cataratas de Contos e Poesias - ambos são organizados pela Fundação Cultural de Foz do Iguaçu.

Durante o evento, tive a oportunidade de conhecer muitos autores da região, como, por exemplo: Sidclei, Lhaisa, Jeane, Nilton, Juca, Inês, Marisete... sem esquecer do Tio Bahia, o poeta barrageiro. Também pude conversar bastante com os outros premiados: Tatiana Alves, do Rio, Bárbara Lia, de Curitiba, e Emir Ross, de Porto Alegre. Além disso, fui muito bem recebido pelo pessoal que estava organizando o evento: Dayana, Erica, Maiara, Dani e Kelly - entre muitos outros e outras.

Por fim, tive também o grande prazer de encontrar por lá o Denner, um amigo da faculdade, e o Ramon, um amigo dos tempos de escola primária. Destaco também a oportunidade de conversar com o Eric Nepomuceno, tradutor para o português de todas as obras do Eduardo Galeano, autor uruguaio que me inspirou a escrever mais. A única lástima ficou por conta do desencontro com a amiga Francine Souza, que foi até a feira (e até comprou um Colcha de Retalhos), mas não nos encontramos.

Publico abaixo uma nota do Portal Clickfoz sobre a premiação:


Prêmio Cataratas de Conto e Poesia conhece vencedores de edição 2012

Na última noite do Salão Internacional do Livro, os vencedores da edição 2012 do Prêmio Cataratas de Conto e Poesia foram conhecidos durante premiação no auditório 1. Este ano foram inscritos 349 participantes vindos de todo o país e da Europa.

A noite foi aberta com a participação dos grupos teatrais SDS e Vida é sonho, que interpretaram os trabalhos premiados nas duas categorias principais deste ano.

Na categoria Poesia a vencedora foi Tatiana Alves Soares, do Rio de Janeiro. “É uma honra poder estar aqui e ser premiada num concurso que já é tradicional. O que fiz no meu poema “Ponto” foi uma brincadeira linguística e que conseguiu ser transmitida com perfeição pelo grupo de teatro, adorei a homenagem”.

O segundo lugar ficou com Barbara Soares, de Curitiba, e o terceiro com Rodrigo Domit, de Londrina. “Quero agradecer a oportunidade de participar de um concurso e dessa interação, pois acredito que são experiências essenciais para os autores. Parabenizo também a Fundação por possibilitar o acesso livre das pessoas a uma feira desta qualidade. Hoje o que vemos pelo país são eventos estritamente comerciais, e aqui vemos que o foco é a cultura”, disse Domit.

Na categoria contos, o primeiro lugar ficou com Emir Ross, de Porto Alegre. “O conselho que dou é que não joguem fora suas produções pois elas sempre podem ser reaproveitadas”, disse referindo-se ao texto vencedor que sofreu várias alterações antes de ser encaminhado ao concurso.

O segundo lugar ficou com Daniele de Souza e o terceiro com Zulmar José Lopes.

Na categoria especial para escritores de Foz do Iguaçu, o vencedor em poesia foi Sidclei Nagasawa. “Prometi a um amigo que venceu esse concurso que também venceria; E hoje recebo o prêmio. É uma honra poder compartilhar com meus colegas da Academia de Letras aqui da cidade essa premiação”.

Na categoria conto, o vencedor foi Evandro Luiz dos Santos. “Não sou de escrever, mas escrevi esse conto em homenagem a uma pessoa que não sabia ler e mesmo assim sempre me contou muitas histórias durante a infância: minha avó, que trazia a literatura de cordel e me ensinou a gostar de contos”.

A entrega dos prêmios foi realizada com a participação de escritores locais e representantes da Fundação Cultural, idealizadora do evento.


Fonte:

10.5.12

Agenda de Lançamentos - Colcha de Retalhos


Foz do Iguaçu
13 de maio de 2012, a partir das 19h15
Salão Internacional do Livro - Praça do Mitre
http://bit.ly/emfozfoiguacu




Curitiba
19 de maio de 2012, das 13h às 18h
Casa di Bel - Alameda Dom Pedro II, 620
http://on.fb.me/emcuritiba




Uberaba
02 de junho de 2012, das 10h às 12h
Livraria Alternativa Cultural - Rua Major Eustáquio, 500
http://on.fb.me/emuberaba




Brasília
14 de julho de 2012, em horário a definir
Espaço Cultural Ary Barroso - Estação SESC 504 Sul
http://bit.ly/embrasilia

Matéria - Jornal de Londrina

Chamada na capa

Matéria na página 22

Retalhos do cotidiano
Radicado no RJ, o escritor Rodrigo Domit lança amanhã em Londrina o livro Colcha de retalhos, vencedor de um prêmio da Utopia Editora

04/05/2012 | Fábio Luporini

Uma série de acontecimentos levou o jovem estudante de publicidade a voltar suas atenções para a literatura. Rodrigo Domit passou a escrever com mais frequência depois que lhe chegou às mãos livros do escritor uruguaio Eduardo Galeano. Antes, porém, havia vivido experiências do cotidiano, que mudaram o jeito de encarar o mundo. Cenas do dia a dia são temas que se entrelaçam entre as diversas linguagens poéticas – com predominância dos contos – no livro Colcha de retalhos (Utopia Editora, 80 págs, R$ 10), que será lançado amanhã em Londrina.

“Eu fazia publicidade e três marcos me fizeram ir para a literatura”, conta o jovem escritor. “Um dia eu estava em Londrina e tomei uma surra à toa na rua, de graça. Quebraram uma garrafa na cabeça do meu amigo. E o resgate o deixou na rua porque ele estava cheirando álcool. A polícia pegou os caras e soltou porque era gente de família famosa”, afirma. Coisas do cotidiano? “Aí eu comecei a ler o Eduardo Galeano. E gostei de como ele abordava as questões do cotidiano.” Depois de passar a escrever com mais intensidade, resolveu levar a literatura a sério.

Os textos de Colcha de retalhos dão um panorama semelhante ao que o próprio título do livro retrata. Contos, prosa poética e crônica. “A melhor palavra que define é a heterogeneidade”, diz Rodrigo. Há, segundo o autor, uma grande diversidade, “uma costura entre temas e diferentes linguagens.” Escritos entre 2007 e 2008, os textos foram reunidos para um prêmio do Sesc. Sem encontrar alguma editora que apostasse no projeto, Domit precisou reeditar em 2010, incluindo novos textos e retirando outros. Desta vez, havia vencido um prêmio da Utopia Editora.

Entre as cenas cotidianas, estão problemas de relacionamento, rotinas de trabalho, sentimentos como vingança. “Tem pessoas que ficam enfurnadas no trabalho e deixam de ver a beleza que está à volta”, explica. São experiências pessoais de andanças por aí. “Enquanto eu converso com você estou caminhando no centro do Rio de Janeiro. A cidade é cheia de gente maluca”, aponta. Maluquices, talvez, que nem o próprio escritor está imune. “Acho que foi isso que me fez mudar para cá.”

Domit nasceu em Curitba, mas é londrinense. “Meus pais moravam em Londrina e minha mãe estava fazendo tratamento para engravidar. E fomos para Curitiba só para nascer. Morei em Londrina até 2002, quando fui fazer Comunicação Social em Curitiba”, conta. E, cansado da capital, resolveu se mudar. Em 2009 foi ao Rio de Janeiro. Era para uma pequena temporada, que virou moradia. O escritor conheceu pela internet uma amiga. “A gente se conhecia por causa dos textos que ela encontrou num blog meu.”

A partir daí passaram a se comunicar pela internet. “Quando ela me achou no Orkut, viu que eu era o dono dos textos que ela gostava.” Foi assim durante cinco anos. “Fui fazer um concurso no Rio e ela era meu único contato. Acabei ficando hospedado na república que ela morava. E a amizade virtual virou um namoro real.” Hoje os dois vivem juntos.

Serviço: Lançamento do livro Colcha de retalhos, de Rodrigo Domit. Amanhã, às 19 horas, no Villa Badú (R. Alagoas, 679). O livro, de microcontos, foi vencedor do Prêmio Utopia de Literatura (2010) e custa R$ 10.


Fonte:
Jornal de Londrina do dia 04 de maio de 2012

4.5.12

Entrevista - Rádio UEL FM - Londrina




Modos de Vida - Comportamento e Cultura

Rodrigo Domit
03/05/2012



O escritor Rodrigo Domit (foto) lança neste sábado, em Londrina, Colcha de Retalhos.
São 73 textos curtos entre contos, crônicas e prosas poéticas.
Domit nasceu em Curitiba, em 1984, foi criado em Londrina e fez comunicação social na Universidade Federal do Paraná. Hoje vive no Rio de Janeiro.
O fato de ter vivido um trauma em Londrina, em 2003, o fez descobrir o autor uruguaio Eduardo Galeano. Foi aí que decidiu que queria escrever mais.
Vencedor de prêmios de literatura, ele conversou com Juliana Mastelini.


Clique aqui para ouvir a entrevista:
http://www.uel.br/uelfm/arquivo.php?id=8724


O lançamento de Colcha de Retalhos é neste sábado, às 7 da noite, no Villa Badú, na rua Alagoas, 679. O livro custa 10 reais.
Também pode ser comprado no blog livrocolchaderetalhos.blogspot.com